Por Suelln Karla
O Projeto “Artesanato como Fonte de Renda” vem sendo desenvolvido no Estádio Jurandir Ferreira, no município mineiro de Belo Oriente, desde Fevereiro de 2007. O projeto conta com o apoio da Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer da cidade. A idealizadora e coordenadora do projeto é a professora Lúcia Maria de Oliveira, formada
O projeto é voltado para os alunos da rede municipal e estadual de ensino e também é aberto para a comunidade. Atualmente, 30 adolescentes e sete mães freqüentam as aulas. A idade mínima para se inscrever é de 12 anos, mas a aluna Gabriela Cristina, de apenas oito anos, é a exceção da turma em função dela ter facilidade
O primeiro passo do projeto foi o ensino do teatro para as crianças. As peças eram apresentadas nos bairros e distritos de Belo Oriente. A segunda fase foi desenvolver o trabalho com materiais reciclados, o que chamou mais a atenção dos moradores. Eles aprenderam como reaproveitar objetos que, simplesmente, eram jogados no lixo.
Os alunos estão na terceira fase do projeto que é o ensino das técnicas de pintura
Para a aluna Maria Lúcia o projeto está sendo uma grande oportunidade. Desempregada, ela acredita que as técnicas aprendidas no curso vão ajudá-la financeiramente. Segundo ela, outro aspecto interessante é que as crianças podem, com o dinheiro obtido nas vendas dos produtos, comprar material de escola. “Inclusive, muitos adolescentes poderiam estar nas ruas se drogando ou algo pior, mas estão aqui aprendendo”, observa.
Todo o material utilizado nas aulas, como tintas, panos, pincéis, entre outros, são comprados pelos alunos. Segundo a professora Lúcia Maria, a próxima etapa será pintura em tela com tinta a óleo. Ela ressalta que esta fase também será uma excelente oportunidade para os alunos, “pois além de gerar lucro, se eles souberem aproveitar o aprendizado, poderão até se tornar artistas plásticos. A professora acredita que saiam do projeto Arte como Fonte de Renda adolescentes e adultos não só ricos em conhecimento, mas, também com uma profissão.
“Aprendo e posso vender meus trabalhos e este projeto é muito bom!”, conta Letícia Dias, de 11 anos. Rayssiane Ruella, 11 anos, também adora as aulas: “em vez de ficar à toa na rua, venho pra cá, aprendo e aproveito bem melhor meu tempo”.Os alunos adoram o projeto e pretendem até ajudar a “Tia Lúcia” nas próximas turmas. Porém, eles lamentam a falta de um espaço apropriado e com melhores condições para as aulas. Lúcia Maria conclui que este projeto representa uma página na história da vida destas pessoas, “escrita por elas mesmas e que se souberem aproveitar esta chance serão grandes profissionais futuramente”.
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