sábado, 14 de junho de 2008

Jardim de cultura


Por Patrícia Vieira

Degustar um “Tom Jobim” ao som do melhor da MPB em um jardim com flores de lótus e bem ao lado de uma parede repleta de vinis. O nome do grande artista brasileiro serviu de inspiração para um delicioso filé mignon ao molho de queijo gorgonzola e está entre vários outros petiscos “artísticos” do cardápio do Jardim do Solar.
Freqüentar um lugar que mistura gastronomia com arte e cultura não é mais um privilégio de quem mora na capital. O Jardim do Solar foi inaugurado recentemente e fica em frente à prefeitura de Coronel Fabriciano, no Vale do Aço. Segundo os idealizadores do local, o nome foi escolhido por causa da letra da música composta por Gilberto Gil e Caetano Veloso nos anos 60 e interpretada pelos Mutantes. Tudo no bar e ateliê tudo foi minuciosamente pensado, desde a decoração com quadros de arte contemporânea aos trechos de poesias escritos nos azulejos dos banheiros.
O Jardim do Solar nasceu de um sonho de amigos de misturar, em um único local e com harmonia, gastronomia, arte, cultura, musica e literatura. Ao mesmo tempo um espaço que fosse palco para artistas anônimos da região do Vale do Aço. Para uma das idealizadoras do espaço, Ludmila Caldeira, o objetivo ao juntar um café com um ateliê, “é incentivar a produção cultural dentro e fora de seu domínio e contribuir para uma maior integração da vida cultural da região e da cidade”. Ela acrescenta que um dos propósitos do bar é fomentar a produção artística local: “damos espaço para a divulgação de trabalhos no “Brotos do Jardim”, um informativo onde novos talentos tem total liberdade de dilvugar poesias, contas e crônicas.
O café realiza seções de bate-papos e mesas redondas com temas variados com a participação de artistas, professores e pesquisadores. A programação é mensal e reúne eventos de moda, culinária, música, dança, artes visuais, fotografia, entre outros.
Para Riva Ávila, poeta, músico e colaborador artístico do bar “é importante que os trabalhos artísticos atinjam o público e não só algum crítico de arte, o espaço permite que qualquer artista exponha a sua arte”.
Um local pronto para uma discussão em torno de vários segmentos da arte, como música, moda, fotografia, culinária, artes visuais e até cinema, com sessões de filmes que marcaram a história do cinema e que não estão nos circuitos comerciais.
O ateliê abriu espaço para a divulgação de alguns trabalhos feitos por alunos do curso de Comunicação Social do Unileste. Peças publicitárias dos estudantes de Fotografia e de Direção de Arte podem ser vistos até o próximo dia 21 de junho.

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