sábado, 14 de junho de 2008

Os Balaieiros

Por Suelen Leandra


Assim são conhecidos pelas redondezas o casal Aramita Vicensa de Jesus, 64 e Joaquim Luiz do Carmo 67. Há anos, viverem da arte de tecer balaios e outros artefatos com varas de bambú.Eles nasceram em Cabeceira do Paraíso no interior de Minas, e são casados à 51 anos e tiveram cinco. Apenas tres deles estão vivos, e todos, vivem praticamente da confeção do artesanato. Luiz conta que aos 18 anos, conheceu dona Aramita em uma procisão e uma mês depois já tinha certeza de que queria se casar com ela.Ele então pediu ao irmão da moça que à pedisse em casamento em nome dele, e ao saber do “sim, o casamento saiu logo. De origem humilde, depois de casados forão viver no bairro Contente na cidade de Coronel Fabriciano, onde já estão há 32 anos.
Dona Aramita, aprendeu o ofício de tecer com bambús durante sua infância com um tio. A arte da fabricação de cestas, balaios, vassouras e outros artigos de decoração e de utilidade domestica, passa de geração em geração pela familia do casal. A artesã tem 30 anos na profissão, e o marido, hoje aposentado, ajuda esporadicamente na fabricação de alguns produtos. Quando indagada sobre o quanto ainda pretende continuar com artesanato, ela diz sem pensar: “Enquanto Deus me der vida e saúde”.Sem falar que este trabalho, é o sustento da familia.
A fabricação das peças, é feita em pequena escala. Com a ajuda de parentes e vizinhos, Aramita consegue vender os produtos na rodoviaria da cidade, e de porta em porta. A familia conta também com o dinheiro das pequenas encomendas feitas diretamente na casa deles.
A familia de dona Aramita de Jesus é um exemplo, pois eles encontraram uma forma alternativa de engrosar a renda mensal da familia. Juntos eles provam que com cooperação e força de vontade, fica fácil driblar as dificuldades da vida.

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